26 fevereiro 2011

Olá comunidade.!

Na última reunião o Ubiratan comunicou que o GAM (Grupo de Adolescentes Multiplicadores) teve sua sede roubada. Eles tinham equipamentos de som caros, que eram alugados/emprestados, então houve um prejuízo considerável. Eles estão pedindo uma contribuição para cobrir o prejuízo.
Foi decidido que a Comunidade José Cardijn irá contribuir, depositem até dia 18/3 na conta  do Banco do Brasil de São José dos Campos – ag. 3443-6 – operação 003 – C/C 2083-4 – em nome da Comunidade José Cardijn, com final 20 centavos para identificar a contribuição.




Guilherme Júnior disse...



Olá amigos e amigas da Comunidade José Cardijn, como vão? Espero que bem.
Estou aqui para parabenizar-lhes por esse blog. É sempre bom ter um canal de comunicação como esse para ajudar-nos a nos manter em contato.
Por isso mesmo, lhes informo que estamos com um blog da JOC Brasileira: http://www.jocbrasil.k6.com.br. Lá publicamos semanalmente textos que refletem o pensamento da juventude e da militancia jocista.
Lá também vocês podem encontrar os links para os sites da JOC América e JOC Internacional. Afinal, uma das principais características de nosso querido movimento é a unidade internacional, não é?
Bom, obrigado pela atenção e até mais. Aguardo a visita de vocês em nosso blog.


Poemas de amor e dor disse...



Nestes tempos difíceis somos chamados por Cardijn a reforçar a nossa união, a união dos trabalhadores. Como antigo jocista estimulo os amigos brasileiros a não desistirem desta sua obra. Estou a ficar velho, o futuro é dos jovens. Precisamos de nos envolver de novo! VER – JULGAR – AGIR.
Um abraço deste poeta amigo
Rogério Martins Simões

06 fevereiro 2011

Próxima Reunião da Comunidade

Olá Companheiros, 
Esperamos todos  (PRINCIPALMENTE OS JOVENS) nesta primeira reunião do ano de 2011 no dias 12 e 13 de fevereiro as 10 horas na Casa do sertão da Quina. 
A Pauta é "Formação e Confraternização", mas ela será construída por todos que estarão presente, se você quer apresentar algum tema através de palestra ou dinâmica responda através do  e-mail comunidadejosecardijn@yahoogrupos.com.br.
Se você vai estar presente ou não também responda   para que possamos dimensiona as atividades. 
Agenda da casa passará ser atualizada pelo http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadejosecardijn/cal 
Grato
Diretoria

POEMA DO FROTA - Cândido e Albertina

Os velhos amigos Frota e Lúcia, vieram de Belo Horizonte especialmente para participar da comemoração dasBodas de Ouro de meus pais, no sábado, dia 29 de Janeiro de 2011.
No dia seguinte, Frota fez este lindo poema para seus amigos. Meus pais, Cândido e Albertina.
Cândido e Albertina
29-01-2011
O Amor tem pernas próprias
Vai aonde quer
........................
Não para

Assim cantou o Braga
No poema em que põe:
" O FOGO NO MATO "

E que pernas longas tem
Esse casal de baixinhos!
E quantos caminhos traçados juntos
Botando fogo no mato!

Caminhos da JOC
Caminhos dos trabalhadores
Caminhos da fraternidade
Em três tempos diferentes
No meio o tempo escuro e fosco
Da "Gloriosa" que Deus a tenha
Pois superado foi com o trabalho de todos nós.

Pernas bem trançadas
E mal comportadas
Laboraram o amor de vocês
Através de 50 anos, 6 filhos
E mais de quatrocentos amigos.

É o amor militante é o amor esperança
Revelando "o sagrado do Pai
Testemunha do verdume da mãe
Capaz de pisar em casca de ovo
Carregar água em peneira
Caçar agulha em paiol"
É o Toninho que diz
Mineiro poeta e jocista de Maxacalís!
A que emendo: Milagrar o difícil da vida.
"Amor que sabe a cada reza do dia
Aprimorar coração e asas
E se um dia fechar o tempo
Fingir-se feliz e dançar
Com tristeza coragem e tudo"

Amor é encontro
Destino e acaso
Benção Pai Cândido
Benção Mãe Albertina
BRAGA/FROTA/TONINHO

A história de 50 anos de lutas e alegrias de Cândido e Albertina


 João Batista Cândido, 78 anos, e  Albertina Paulo Cândido, 72 anos, farão

Bodas de Ouro no dia 25 de janeiro de 2011. Cinquenta anos se passaram e as lembranças de um passado de luta por melhores condições de vida são 
inesquecíveis. “Hoje ando me esquecendo do que aconteceu ontem, mas do passado não me esqueço de nada. O médico disse que isso é normal na minha idade, não é?”, disse Cândido.Cândido nasceu em Serrania, MG, e teve 16 irmãos. Ainda muito jovem foi morar com o tio na Lapa, SP.
Albertina nasceu em São Paulo, num bairro que hoje possui o metro quadrado mais caro da cidade, Vila Nova Conceição. Mas na década de 50 não era tão nobre, assim.O casal se conheceu na JOC (Juventude Operária Católica), grupo de operários que se reuniam semanalmente lá em São Paulo para falar da escola, da família, do trabalho, da vida social e política. Lá os jovens aprendiam a lutar pelos seus direitos de cidadão, a conhecer os problemas trabalhistas, onde “operários não podiam ser escravos, máquinas, mas sim, filhos de Deus”. Aprendiam que pobres e ricos, trabalhadores e empresários eram iguais perante Deus. E na época a industrialização e o capitalismo tomavam o poder e exploravam os trabalhadores.Em 1960, Cândido foi trabalhar na Cobrasma de Osasco, uma empresa que fabricava vagões de trem. Em 1961, ele e Albertina se casaram e foram morar numa casa muito simples, em Osasco, dois cômodos, e que chovia dentro. Tudo muito difícil e na fábrica as coisas também não andavam nada bem. O trabalho era perigoso, “a gente mexia com fundição de aço que chegava aos 900 graus de temperatura”. Trabalhavam em condições de insalubridade, sem segurança, sem roupa adequada, sem refeitório, levavam comida de casa. A Cobrasma tinha 4 mil funcionários e funcionava em três turnos. “A fábrica não parava. Da nossa casa, a três quilômetros eu ouvia o barulho da fábrica, as marteladas, o apito”, lembrou Albertina.E lá aconteciam muitos acidentes: leves, graves e até mortes havia. Os mais jovens não tinham nenhuma experiência, não sabiam o trabalho e sofriam. Então, os operários começaram a se organizar aos poucos para ver o que poderiam fazer para mudar. Um dia, um rapaz de 18 anos sofreu um acidente terrível e morreu dentro da fábrica. Invés de alguns serem liberados para ir ao enterro resolveram combinar com o chefe 1 minuto de silêncio.
Cândido falou com o chefe dele e o chefe concordou. Pensaram numa estratégia para parar a fábrica inteira. Tocar o apito geral. Cândido foi falar com o chefe e o chefe pensou que era apito da seção e não o geral, e aceitou. Combinaram às 10h da manhã. Quando chegou a hora, o apito tocou e aos poucos, os funcionários paravam. Passou-se o minuto mas ainda havia barulho, então decidiram permanecer até que a fábrica ficasse em silêncio total. “Imagine o que significava. Aquela fábrica que nunca parava, parou”.Assim aconteceu para o desespero dos chefes que queriam saber porque tudo estava parado. Passaram-se 5 minutos ou
6. E voltaram ao trabalho. A partir dali ganharam força imensa para ir em frente com as reivindicações. Estavam prontos para formar a Primeira Comissão de Fábrica do Brasil em 1962. Nesta época expandia a emancipação política da cidade. E foi fundada a subsede da Frente Nacional do Trabalho em Osasco. Eles lutavam pela autorização do sindicato dos metalúrgicos de SP para instalar uma sede da categoria em Osasco. Eleições foram feitas e formou-se a diretoria em 1963.Em 1964 instala-se no país um regime de ditadura violenta e insensível aos
anseios populares. Com o golpe militar afastou João Goulart da presidência, assumindo o poder o Marechal Castelo Branco. Houve intervenção no sindicato. Foram caçados. A partir daí aos poucos formaram uma comissão cujos membros iam à diretoria da empresa negociar, falar dos problemas comuns de todos. As organizações operárias que surgiam na época eram todas reprimidas pelo governo e empresários, mas a Comissão de Fábrica da Cobrasma tendo à frente João Cândido e Albertino de Souza Oliva (advogado) permaneceu. Em 1967 um grupo de jovens operários estudantes conquistaram a presidência da Comissão de Fábrica, e João Cândido atuou como Secretário Geral.Em 1968 fizeram greve de 3
dias, onde ninguém entrava ou saía da fábrica para pressionar o governo federal por ajuste salarial. Mas na verdade era para desmoralizar o regime, afinal o direito de greve estava na constituição de 1946.O governo militar então tomou a fábrica. A polícia entrou e levou Cândido e mais 4 operários. Enquanto isso, Albertina estava em casa com os 5 filhos do casal. E este momento da vida deles é lembrado com muito carinho, pois jamais se esquecerão da solidariedade dos companheiros.
“Muitos foram passar a noite comigo e com as crianças, imagine, numa casa pequena, de 2 cômodos, mas foi inesquecível a força que deram pra gente”, contou Albertina.Cândido ficou 4 noites e 3 dias preso no porão de um casarão isolado em Higienópolis, sem luz, sem comunicação.
Sofreu tortura psicológica e teve muito medo. “O militar perguntava: o senhor é comunista? Eu respondia que não. Então ele afirmava. O senhor é comunista! O senhor conhece fulano? Eu dizia: Não senhor. Não conhece? Eu respondia calmamente assim: como vou saber? Essa pessoa pode ter tido outro nome. Se o senhor tiver foto dele eu posso responder se conheço - Ainda bem que não tinham a foto. Mas um de nós sofreu violência física, apanhou no pau de arara o Zequinha”, contou Cândido. Ele disse que viu muito sofrimento dos companheiros, perdeu vários deles, outros sumiram e até hoje não se sabe o que aconteceu. Muitas e muitas histórias na memória desta época.“Então eu disse para o militar: daqui pra frente tenho 5 filhos pra criar, o que acontecer comigo é responsabilidade de vocês, vocês serão responsáveis pela minha família”. Depois dessas palavras, Cândido conseguiu a liberdade. “Eu acho que ele foi solto porque ele estava calmo para falar com os militares e eles viram que era um pai de família que estava ali”. Cândido decidiu ir para São José dos Campos procurar emprego. Em novembro daquele ano (1968) conseguiu na GM e depois de um mês foi buscar a família. Três dias depois foi mandado embora. A GM descobriu que ele fez parte do movimento e que até preso ele foi em São Paulo.A família passou dificuldades, porém, mais uma vez, contaram com a solidariedade dos companheiros de luta que pagaram o aluguel e colocaram comida na mesa. Cândido conseguiu emprego na FIEL, as coisas foram se estabilizando, lá ficou 2 anos, depois trabalhou na TECNOLON e depois na RODHIA, na época RODOSÁ. E em todas as empresas a mesma história ele via se repetir: falta de boas condições de trabalho e falta de segurança. “Tínhamos uma função e daqui a pouco éramos obrigados a fazer muitas outras funções, não tínhamos mais única profissão”, os empregados ficavam doentes e nada era feito. E como já tinha no sangue toda a história que viveu em São Paulo não baixava a cabeça para as coisas erradas que via, e, ao cobrar, era mandado embora.Aos 45 anos de idade sem emprego, decidiu trabalhar por conta própria com a sua profissão de Encanador Hidráulico. Não dava mais certo dentro da empresa. Cândido ficou 15 anos trabalhando como autônomo e na época se filiou ao PT (Partido dos Trabalhadores), que surgiu em 1980. Cândido
passou a ser presidente do Diretório do PT na região. E quando Ângela Guadagnin venceu as eleições em São José dos Campos chamou Cândido para administrar o Distrito de São Francisco Xavier em seu governo, de 1993 a 1996.Uma nova história de vida começou para o casal. Conheceram o Distrito e se apaixonaram. Fim da administração, Cândido e Albertina decidem viver ali para sempre. Albertina se engajou no Grupo de Mulheres que se reúnem semanalmente para confeccionar artesanatos e falar da vida, da família, dos problemas, das soluções, das tristezas e das alegrias.A casa espaçosa do casal, no momento, se encontra em reforma para receber a família no Natal. Ao todo tiveram 6 filhos, 10 netos e está chegando mais um neto, só que ele já tem 10 anos de idade, adoção de um dos filhos.“Sou feliz. Sou feliz por estar vivo depois de tudo que passei. Poder ver a família reunida em casa, meus filhos e netos. Eles vêm, tocam violão e cantam, são minha alegria. Tenho orgulho da vida. Tenho orgulho de tudo que fiz. Orgulho de ter mentido para os militares naquela prisão, em defesa dos meus companheiros”. 

Dilma Rousseff na presidência



Cândido disse que tem muita admiração pela Dilma por ela ter enfrentado a ditadura. Ele disse que muitos a criticaram durante a campanha eleitoral, mas eles não passaram o que ela passou, que foi pior do que ele passou, pois além de tortura psicológica, ela sofreu tortura física na prisão. “Ela mentiu sim, assim como eu fiz também. Eu a defendo. Nós tínhamos que mentir para não entregar nossos companheiros. Arriscamos nossa própria vida por eles”.Albertina defende Dilma e também os movimentos que cobram do governo melhores condições de vida. “Defendo Dilma porque ela é mulher e é competente. Contudo, eu acho que a organização dos movimentos no Brasil devem continuar no governo dela. Sou a favor dos movimentos, hoje, principalmente pela luta por melhores condições de saúde e educação, ainda precários no País”, finalizou.Cândido e Albertina

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